quarta-feira, 29 de setembro de 2010

UM PAPA FIEL Á TRADIÇÃO E ABERTO Á RENOVAÇÃO: 32 ANOS ATRÁS MORRIA JOÃO PAULO I


Trinta e dois anos atrás, 28 de setembro de 1978, morria Albino Luciani, após apenas 33 dias de Pontificado: tinha 65 anos de idade.
Um tempo brevíssimo, mas intenso, que lhe valeu o afeto do povo, de fiéis e não-fiéis. Bento XVI o definiu mais vezes como um homem "doce e manso" e, ao mesmo tempo, "forte na fé, firme nos princípios, mas sempre disponível ao acolhimento e ao sorriso".
"Fiel à tradição e aberto à renovação": assim Bento XVI recorda João Paulo I. "Como sacerdote, como bispo e como Papa foi incansável na atividade pastoral – ressalta – estimulando clero e laicato a buscarem, nos vários campos do apostolado, o único e comum ideal da santidade."
"Mestre da verdade e catequista entusiasta, recordava a todos os fiéis, com a fascinante simplicidade que lhe era comum, o compromisso e a alegria da evangelização, ressaltando a beleza do amor cristão, única força capaz de derrotar a violência e construir uma humanidade mais fraterna" – ressalta ainda Bento XVI.
Mas é a humildade a característica principal de João Paulo I: "Humilitas", de fato, era o seu lema episcopal, uma "palavra que sintetiza o essencial da vida cristã e indica a indispensável virtude de quem, na Igreja, é chamado ao serviço da autoridade":
"Numa das quatro audiências gerais feitas durante o seu brevíssimo Pontificado disse, entre outras coisas, com aquele tom familiar que o caracterizava: "Limito-me a recomendar uma virtude tão querida para o Senhor: disse: aprendam de mim que sou manso e humilde de coração... Mesmo se vocês fizeram grandes coisas, digam: somos servos inúteis. E observou: "Ao invés, a tendência em todos nós é, sobretudo, de fazer o contrário: colocar-se em evidência (Ensinamentos de João Paulo I, p. 51-52). A humildade pode ser considerada o seu testamento espiritual. Graças justamente a essa sua virtude, foram suficientes 33 dias para que o Papa Luciani entrasse no coração das pessoas." (Angelus de 28 de setembro de 2008)
Uma das passagens do Evangelho preferidas do Papa João Paulo I era o apelo de Jesus: "Se não vos converterdes e não vos tornardes como as crianças, não entrareis no reino dos céus":
""Devemos sentir-nos pequenos diante de Deus", disse naquela mesma audiência. E acrescentou: "Não me envergonho de sentir-me como uma criança diante da mãe: acredita-se na mãe, eu creio no Senhor, naquilo que Ele me revelou" (idem, 9.49). Essas palavras mostram toda a grandeza de sua fé. Ao tempo em que agradecemos ao Senhor por tê-lo dado à Igreja e ao mundo, aprendamos com o seu exemplo, esforçando-nos em cultivar a sua mesma humildade, que o tornou capaz de falar a todos, especialmente aos pequeninos e aos chamados distantes." (Angelus de 28 de setembro de 2008)
Por fim, Bento XVI recorda a devoção que Albino Luciani tinha por Nossa Senhora:
"Quando era Patriarca de Veneza chegou a escrever: "É impossível conceber a nossa vida, a vida da Igreja, sem o Terço, as festas marianas, os santuários marianos e as imagens de Nossa Senhora". É belo acolher esse seu convite e encontrar, como ele fez, na humilde consagração a Maria o segredo de uma cotidiana serenidade e de um compromisso concreto em favor da paz no mundo."


Fonte: Rádio Vaticano

IGREJA CELEBRA FESTA DOS ARCANJOS MIGUEL, GABRIEL E RAFAEL

Entre «os puros espíritos que também são denominados Anjos» (Credo do Povo de Deus), sobressaem três, que têm sido especialmente honrados, através dos séculos e a Liturgia une na mesma celebração. Além das funções próprias de todos os Anjos, eles aparecem, na Escritura Sagrada, incumbidos de missão especial.

São Gabriel (= «Deus é a minha força») é o mensageiro da Encarnação (Dn 9, 21-22). É o enviado das grandes embaixadas divinas: anuncia a Zacarias o nascimento do Precursor e revela a Maria o mistério da divina Maternidade. Pio XII, em 12 de Janeiro de 1951, declarou este Arcanjo patrono das telecomunicações.

São Miguel (= «Quem como Deus»?) é o príncipe dos Anjos, identificado, por vezes, como o Anjo do turíbulo de ouro de que fala o Apocalipse. É o Anjo dos supremos combates. É o melhor guia do cristão, na hora da viagem para a eternidade. É o protetor da Igreja de Deus (Ap 12-19).

São Rafael (= «Medicina de Deus») manifesta-se na Bíblia como diligente e eficaz protetor duma família, que se debate para não sucumbir às provações. É conselheiro, companheiro de viagem, defensor e médico.