quarta-feira, 17 de abril de 2013

Sobre a Unção dos Enfermos




12 de abril de 2013

A unção dos enfermos (também chamada de “extrema-unção”) é, desde o princípio, um dos sete sacramentos da Igreja, como provam os textos patrísticos abaixo.

“Porque eles com bastante entusiasmo ensinavam, discutiam, determinavam o exorcismo, para realizar curas… Que podia ser até mesmo o batismo” (Tertuliano, Prescrições 49; 200 dC).

“Ó Deus que santificastes este óleo, concedendo a todos os que são ungidos e por ele recebem a santificação, como quando ungistes os reis, sacerdotes e profetas, assim concedei que ele possa dar fortaleza a todos os que dele se valem e saúde a todos o que o usam” (Hipólito de Roma, Tradição Apostólica 5,2; ~215 dC).

“Além disso, aqueles que estão também com setenta anos, se bem que arduamente e sofridamente… Nesse caso deve ser realizado o que também o Apóstolo Tiago diz: ‘Se, pois, alguém está enfermo, que chame o presbítero da Igreja para impor as mãos sobre ele, ungindo-o com óleo em nome do Senhor; e a oração da fé salvará o enfermo, e se ele está em pecados, esses lhe serão perdoados.’” (Orígenes, Homilia sobre os Levíticos 2,4; 244 dC).

“Sobre o sacramento da vida, pelo qual (=batismo) os sacerdotes cristãos (na ordenação), reis e profetas se tornam perfeitos; ele ilumina a escuridão (na confirmação), unge os enfermos, e por seu privado sacramento restaura os penitentes” (Afrate o Persa, Tratados 23,3; 345 dC).

“Porque não somente no tempo da conversão, mas depois também, eles têm autoridade para perdoar os pecados. ‘Está alguém doente entre vós?’ está dito – ‘que chame os mais velhos da Igreja, e que esses orem sobre ele, ungindo-o com óleo em nome do Senhor. E a prece da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará: e se ele cometeu pecados, esses lhe serão perdoados’” (João Crisóstomo, Sobre o Sacerdócio 3,6; 386 dC).

“O enfermo considerava uma calamidade mais terrível do que a própria doença…(se permitisse) que as mãos dos arianos fossem colocadas sobre sua cabeça” (Atanásio, Epístola Encíclica; 341 dC).

“Este óleo… para boa graça e remissão dos pecados, para uma medicina de vida e salvação, para saúde e bem estar da alma, corpo ,espírito, para a perfeita consolidação” (Serapião de Thuis, Anáfora 29,1; 350 dC).

“Rezavam sobre ele; um soprava sobre ele, outro confirmava” (Efraim, Homilia 46; 373 dC).

“Por que, então, impondes as mãos e acreditais que isso tenha efeito de bênção, se acaso alguma pessoa enferma se recupera? Por que assumis que alguém possa ser purificado por vós da sujeira do demônio? Por que batizais se os pecados não podem ser remidos pelo homem? Se o batismo é seguramente a remissão de todos os pecados, que diferença faz se o sacerdote diz que esse poder é dado a eles na penitência ou no batismo? Em ambos o mistério é um” (Ambrósio, A Penitência I,8,36; 390 dC).

“Se alguma parte de teu corpo está sofrendo… recorda-te também das Escrituras Inspiradas: ‘Alguém entre vós está doente? Chama o presbítero da Igreja e deixa-o orar sobre ele, ungindo-o com óleo no nome do Senhor. E a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o soerguerá, e se ele está em pecados, esses serão perdoados’” (Cirilo de Alexandria, Culto e Adoração 6; 412 dC).

“Na epístola do santo Apóstolo Tiago… – ‘Se alguém entre vós está doente, chama os sacerdotes…’ – não há dúvida de que o ungido deve ser interpretado ou compreendido como enfermo da fé, que pode ser ungido com o santo óleo do crisma… é uma espécie de sacramento” (papa Inocêncio (401-416 dC), A Decêncio 25,8,11; 416 dC).

“Que aquele que está doente receba o Corpo e Sangue de Cristo; que humildemente e com fé peça aos presbíteros a unção abençoada, para ungir seu corpo, de modo que o que foi escrito possa lhe ser frutuoso: ‘Está alguém entre vós enfermo? Que lhe tragam os presbíteros, que esses orem sobre ele, ungindo-o com óleo; e a prece da fé salvará o enfermo, o Senhor o reerguerá; e se estiver em pecados, esses lhes serão perdoados’” (César de Arles, Sermões 13,3; 542 dC).

“Deve-se chamar um padre que, pela prece da fé e a unção do santo óleo que comunica, salvará aquele que está doente [por causa de um grande ferimento ou por uma doença]” (Cassiodoro, Complicações; 570 dC).

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