quinta-feira, 22 de outubro de 2009

A COEXISTÊNCIA DAS RELIGIÕES NA ÁFRICA

A África é um cúmulo de realidades muito diversificadas entre elas, também do ponto de vista religioso. Por isso, afirma o cardeal Jean-Louis Tauran, presidente do Pontifício Conselho para o diálogo inter-religioso, o continente africano é um importante laboratório de diálogo com os muçulmanos. De um diálogo, porém, fundado sobre o viver juntos.
No que se refere à fé católica, o Sínodo chamou a atenção, deste o primeiro dia, sobre o forte crescimento das comunidades cristãs. O cardeal Tauran encontrou na religiosidade natural dos africanos uma das razões desta vitalidade.
A fé está, portanto, progressivamente se difundindo em toda a África, chegando a penetrar nas culturas locais. Uma inculturação, explica o cardeal francês, que prossegue de modo espontâneo.
“Há uma grande variedade e é evidente que o Islã é vivido de modo diferente segundo os países. Mas no conjunto, no que se refere ao islã na África, pode-se dizer que apesar de tudo o diálogo de vida é uma realidade. No conjunto, o islã é tolerante, com algumas exceções, como por exemplo a Nigéria”.
“Os africanos são dotados de uma religiosidade toda natural. Não se deve esquecer que quando chegaram aqui os cristãos e mais tarde os muçulmanos encontraram populações que acreditavam em um ser supremo, com base na religião tradicional africana. Portanto, existia já um terreno favorável... os missionários não levaram Deus, mas sim Jesus Cristo”. “Creio que devem ser dados ainda muitos passos avante. Mas quando se olha para as liturgias na África, não são poucos os progressos feitos. Em particular se se olha para as procissões, cantos... pouco a pouco se chegou a ter um cristianismo africano, aberto à Igreja em todo o mundo, muito respeitável”.

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