quinta-feira, 3 de setembro de 2009

EVANGELHO SEGUNDO S. LUCAS 5,1-11

Comentário ao Evangelho do dia feito por : Santo António de Lisboa (c. 1195-1231), franciscano, Doutor da Igreja Sermões para o Domingo e as festas dos santos (a partir da trad. de Bayart, Eds. franciscanas 1944, p. 187 rev.)
«Não tenhas receio; de futuro, serás pescador de homens.»
«Porque Tu o dizes, lançarei as redes». É por indicação da graça celeste, por inspiração sobrenatural, que se deve lançar a rede da pregação. Senão é em vão que o pregador lança as linhas das suas palavras. A fé dos povos obtém-se, não através de discursos sabiamente compostos, mas pela graça da vocação divina. [...] Ó frutuosa humildade! Quando aqueles que até aí não tinham pescado nada confiam na palavra de Cristo, apanham uma multidão de peixes. [...]
«Porque Tu o dizes, lançarei as redes». Cada vez que por mim próprio as lancei, quis guardar o que me pertencia. Fui eu que pesquei e não Tu, foram as minhas palavras e não as Tuas. Por isso não pesquei nada. Ou, se pesquei qualquer coisa, não foi peixe, mas rãs, prontas a espalhar lisonjas sobre mim. [...]
«Porque Tu o dizes, lançarei as redes». Lançar a linha por ordem de Jesus é atribuir-Lhe tudo e não guardar nada para si mesmo: é viver em conformidade com o que se pesca. Nessa altura, apanhamos uma grande quantidade de peixes.

Nenhum comentário:

Postar um comentário